No Brasil, apesar da educação ter alcançado níveis mais satisfatórios de crescimento dos alunos que freqüentam ou que entram na escola, há alguns fatores são inquietantes e até mesmo preocupantes.
Se levarmos em consideração o desenvolvimento econômico da Região Sul, essa foi a que menos cresceu em relação às taxas de analfabetismo e, até mesmo o Sudeste por ser uma Região mais desenvolvida em relação às demais do país, por apresentar um índice populacional urbano maior que rural e por então ter mais condições de acesso escolar à população, apresentou crescimento baixo em relação as demais regiões brasileiras.
Há também um outro problema sério sobre a questão da Média de estudo em que os alunos na faixa etária 14 anos. O que se espera é que ao atingir essa idade eles deveriam ter oito anos de estudo, isto é terem concluído o Ensino Fundamental completo, mas essa média escolar só está acontecendo dos 19 aos 24 anos de idade.
O que se apreende é que no Brasil, embora tenha diminuído a taxa de analfabetismo, é importante pensar também como este processo esta acontecendo. Os números apresentam uma situação, mas os fatores que permitem o desenvolvimento desses números que vão ao papel são superficiais. Já que, o analfabetismo diminuiu, contudo, o término do Ensino Fundamental acontece anos depois da idade propícia e este acontecimento. E geralmente, se dá nas vidas das pessoas em cursos de aceleração (EJAS, Telecursos, Ensinos a Distância) que deixam a desejar em formação, por serem sucintos.
Esses fatores nos levam a concluir que as pessoas só retornam a escola depois que vão para o mercado de trabalho e este, requer um nível de formação completa.
E a pergunta que não quer calar: Será que é importante estudar só para ter nível de escolaridade? E o prazer de aprender. Como fica diante desta situação: estudar somente para ter uma conclusão de curso?
Autoras : Eliana Ribeiro da Silva Menegussi & Noemia Marques Nogueira (professoras cursistas do Teia do Saber- Faculdade Japi,23/09/2006)